sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pergunta 3. "O que as Escrituras principalmente ensinam?"


Resposta: "As Escrituras ensinam, principalmente, o que o homem deve crer a 
respeito de Deus, e o dever que Deus requer do homem"( Mq 6.8; Jo 20.31; Jo 3.16).

A Bíblia, na verdade, não sistematiza e nem dogmatiza doutrinas e comportamentos. Ela é o registro da revelação de Deus e de sua vontade para com o homem, por ele escolhido e chamado, de maneira assistemática mas vivencial e experiencialmente. Deus entra na história de seu povo e nela intervém pelo poder de sua palavra e por meio de fatos e eventos significativos de consequências duradouras e memoráveis. O que faz na história, também realiza na vida de cada eleito. O predestinado a quem Deus se dirige, com quem se relaciona e interage por meio do Verbo e do Espírito mediante a liturgia do templo, dos sacrifícios, da adoração, do testemunho e do pacto está, e estava, sujeito a erros de percurso e a falhas morais. E as Escrituras o retrata sem retoques, mostrando a dura realidade do homem caído, pecador, diante do Santíssimo Criador. Em matéria de fé e de moral as Escrituras  são, para o cristão autêntico, a única palavra normativa, instrutiva e diretiva. A confiabilidade da Bíblia, em termos de revelação, reside: a- Na autoridade soberana do Deus que nela e por ela se revela. b- Na Palavra do Pai encarnada no Filho, alvo, objeto, centro, mentor e realizador da revelação.  c- Na obra do Espírito Santo, que esclarece as Escrituras, iluminando cada escolhido para endendê-la, causando-lhe, por outro  lado, a dinâmica da obediência e do testemunho. Segundo Paulo, as Escrituras são suficientes, eficientes e necessárias para:  c.a- Comunicar a sabedoria da salvação pela fé em Cristo Jesus ( II Tm 3.15). c.b- O correto ensino dos fatos revelados e  do que se deve crer a respeito de Deus e de suas obras: criadora, redentora e preservadora.  c.c- A correção e a disciplina do crente, quando este se desvia ou desobedece.  c.d- A educação na justiça de Deus, isto é, compreender que Deus é, ao mesmo tempo, puro amor e pura justiça; nele não há injustiça e o que dele procede, mesmo as decisões repreensivas, repressivas e punitivas, são absoluta e indiscutivelmente justas( II 
Tm 3.16,17). O crente sabe, pelas Escrituras, que é servo de um Senhor extremamente bom, mas também rigorosamente justo. Tudo, porém, para o benefício final dos eleitos. Para o catolicismo, a autoridade última em assuntos de moral e de fé é o Papa que, quando fala da cátedra de Pedro sobre tais matérias é infalível e inerrante, quer sua fala se firme nas Escrituras quer esteja à margem delas ou até contra elas. O protestante reformada tem nas Escrituras sua única regra de fé  e de conduta. Ele entende que elas expressam, por revelação e não por conclusões racionais, a vontade do Criador para a sua criatura, do Redentor para o seus redimidos, do Senhor para os seus servos. A Palavra de Deus que criou o universo, igualmente é criadora da Igreja, que dela vive e por ela se orienta, proclama-a e lhe é testemunha pela unidade, pela santidade e pela adoração. 

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