sexta-feira, 1 de abril de 2011

Há mais de um Deus?


Pergunta 5. “Há mais de um Deus?”
Resposta: “Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.( Dt 6.4; Jr 10.10”). A Bíblia, no estágio final da revelação, desconhece a existência de outros deuses, a não ser a Trindade, união absolutamente, igualitária e consensual em essência, natureza e objetivos do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Israel, inicialmente, e a Igreja, posteriormente, não se apropriaram do conhecimento  de Deus por via racional, por instintos místicos ou por necessidade psicológica de  sublimação do ser e eternização da existência. O Deus das Escrituras  revelou-se a si mesmo, deu-se a conhecer, primeiramente a uma nação limitada racial, geográfica e  ulturalmente, os judeus; depois, em Cristo Jesus, o Filho, humanizou-se, universalizou-se, mostrou-se a todas as raças, viabilizando-lhe a adoração em todos os lugares, por qualquer indivíduo de qualquer etnia. O Deus dos cristãos, encarnado em Cristo, único, universal e onisciente, Senhor e Salvador, habita a Igreja e tabernacula com e em cada regenerado. O cristianismo, como fazia o judaísmo, repudia o politeísmo com sua consequente polilatria por meio de ícones físicos ou imaginários. Não se deve confundir o monoteísmo israelita com o  de alguns povos, que adoravam um suposto “deus supremo”, chefe de um panteon composto de inumeráveis divindades subalternas e auxiliares. Houve uma monolatria egípcia no tempo de  Akhenaten( XVII dinastia),caracterizada pela  adoração do “deus único”, Aten, disco solar, ou “Tehen-Aten”, raio solar. Embora não lhe fosse permitida a feitura de imagens, o monoteísmo egípcio não passava de monolatria. Era apenas a exclusividade idolátrica de uma divindade material, um culto monolátrico grosseiro. A monolatria de Akhenaten, na verdade, não ia além de um jogo político de manipulação de massas populares, pois a centralização do culto no único deus da preferência palaciana, facilitava o controle político dos vários seguimentos sociais. A fé exclusiva no deus oficial e nacional promovia a unidade administrativa da coroa e transferia  a obediência devida à divindade para o faraó. A distância que separava a adoração de um deus nacional à prestada ao próprio rei era curtíssima, e frequentemente acontecia, quer por ordem natural quer por imposição palaciana.

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