quarta-feira, 20 de abril de 2011

Batismo Infantil

“Batismo é um sacramento, de maneira a purificar com água no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, o que significa e sela nossa aliança com Cristo, e partilhando os benefícios do pacto da graça, e nossa declaração que verdadeiramente somos de Deus” (CM, P. 94). Batismo é o sinal do pacto da graça durante a era do Novo Testamento, como foi a circuncisão durante o Antigo Testamento (ver Col. 2:11-12).

Os Cristãos Reformados entendem que o batismo deve ser aplicado, então, a todos aqueles com quem Deus estabeleceu seu pacto de graça, mais claramente, com os crentes em Cristo e também com seus filhos. È importante enfatizar que não há um texto bíblico explícito que determine o batismo infantil. Se houvesse, todas as igrejas que crêem na Bíblia iriam então praticá-lo. Contudo, a vontade de Deus não é somente “expressamente descrita nas Escrituras”, mas também “por uma conseqüência boa e necessária, pode ser deduzida das Escrituras” (CFW, I:6). O argumento de defesa para o batismo infantil pode ser apresentado na forma de silogismo:

Premissa Maior
Todos participantes no pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto.

Premissa Menor
As crianças, filhos dos crentes são também participantes do pacto da graça.

Conclusão
As crianças, filhos dos crentes devem também receber o sinal do pacto da graça. Se as duas premissas são verdadeiras, a conclusão é incontestável. E é isso o que a confissão descreve como “conseqüência boa e necessária” A única forma de evitarmos o batismo infantil dos filhos dos crentes é se negarmos uma dessas verdades. Poucos negariam a premissa maior, mas dispensacionalistas claramente negam a premissa menor. Eles afirmam que as crianças filhos de crentes nunca foram participantes do pacto da graça. Uma vez que, durante a era do Antigo Testamento, eles participavam da nação de Israel e recebiam o sinal de sua participação no pacto - a circuncisão. Mas, dizem eles (dispensacionalistas), que crianças não participam do pacto da graça, porque esse pacto existe somente a partir do Novo Testamento. Uma vez que não existe um texto que ordena o batismo infantil, então não se deve fazer. Entretanto, o pacto da graça existe durante as duas eras (AT e NT), e os filhos dos crentes eram obviamente participantes do pacto durante o Antigo Testamento. Deus determinou isso (ver Gen. 17:10). Agora, uma vez que Deus não alterou seu pacto (Salmo. 89:34), nós não nos surpreendemos que não haja um texto no Novo Testamento indicando que os filhos dos crentes que eram participantes do pacto, agora já não são mais. Ao contrário, Colossenses 2:11 e 12 traçam um paralelo especifico, entre batismo e circuncisão; aqueles que eram então circuncidados, que sejam agora batizados. E Atos 8:12 mostra que o novo sinal da aliança foi dada as mulheres assim como aos homens. O Batismo é um sacramento totalmente passivo, partindo de nosso ponto de vista. Isso não significa que em todos os aspectos da aplicação da salvação prometida no pacto da graça, o individuo batizado seja totalmente passivo. Eles (ou elas) são verdadeiramente ativos em seu processo de conversão e santificação. Ao invés disso, o que realmente significa é que o individuo batizado e não se auto-batiza. Os Pais não batizam seus filhos. Falando diretamente, nem mesmo o ministro (pastor, igreja...) os batiza, no sentido de efetuar algo. Nós não fazemos nada no batismo; ao invés disso, Deus faz algo. Ele, através do cumprimento de um mandamento pela igreja, dá uma identidade a crianças, jovens e velhos, de sua família do pacto, os alvos de sua graça e de todas suas maravilhosas bênçãos.

fonte: http://www.ipb.org.br/portal/igreja-reformada/107-batismo-infantil

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