quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Relevância do Culto na vida da Comunidade

A relevância do culto na vida da comunidade tem seu expoente nas manifestações graciosas de Deus para com o seu povo que responde positivamente e satisfatoriamente o agir de Deus na história. Partindo deste principio é importante salientar que o culto cristão não é uma ação humana, mas uma atitude responsiva à ação de Deus[1]. E tal atitude deve ser celebrada com toda dedicação e devoção para aquele que nos criou com fim propósito de glorificá-lo na mais perfeita[2] adoração, conforme encontramos o diálogo entre Jesus e a samaritana “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:23-24). Os adoradores que o Pai procura são todos aqueles que passam a entender a finalidade do culto em suas vidas, e tal finalidade não é exercida apenas pelo rito tradicionalismo, mas pela vivencia da liturgia em suas vidas.
É importante deixar claro o sentido da palavra liturgia que no sentido mais simples é apresentada como serviço. Podemos dizer então, que o povo se encontra a serviço de Deus celebrando com alegria e contentamento os seus grandes feitos como eram celebrados nas sinagogas que apresentava o caráter fundamental de focalizar o que Deus fizera[3].
Além de o culto ser compreendido como a mais alta expressão de gratidão, deve ficar entendido também como um conteúdo didático na qual alimenta e impulsiona a nossa fé manifestada na Palavra anunciada. O anuncio do evangelho no culto tem por finalidade confrontar a nossa natureza caída e desafiando os seus adoradores a saírem para o mundo e anunciar o evangelho da salvação, fazendo assim, jus a própria natureza da palavra Igreja que no grego apresenta o termo “eclesia”, ou seja, chamados para fora. E assim, desconstruindo a idéia de um culto com propósitos evangelísticos que se criou no decorrer da história. Hermisten Maia ressalta esta questão da seguinte forma:
A adoração é a mais importante e permanente atividade, aqui e na eternidade. Cultuamos a Deus não para evangelizar incrédulos, mas para expressar em fé nossa adoração, louvor e gratidão[4].
Assim, enfatizamos que o fator principal do culto não evangelizar, mas glorificar a Deus com o todo entendimento e de todo o coração. O cenário de evangelização neste caso é o mundo “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. (Mt. 28:19-20).
A igreja após responder positivamente o chamado de Deus para a celebração cúltica é desafiada manifestar o amor de Deus através de vidas santificadas expondo a fé cristã em um mundo que segue o curso do pecado.
Bibliografia:
WHITE, James F. Introdução ao Culto Cristão. Ed. Sinodal, 1997, 267p.
MAIA, Hermisten. Fundamentos da Teologia Reformada. Ed. Mundo Cristão, 2007. 1ªed. 221p.

[1] Maia, Hermisten, Fundamentos da Teologia Reformada, pg. 130
[2] Embora saibamos que somos falhos e pecadores, isso, não é motivo para a busca da excelência.
[3] WHITE, James F. Introdução ao Culto Cristão, pg. 113
[4] MAIA, 130.

autor: Claudio Luis

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