sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

“Vinde ao Juízo, Venham ao Julgamento, venham agora.”

imageSupondo que alguns de vocês pudessem se esconder em porões e fundações; muitos não iriam sair correndo para se esconder? Quão poucos de nós poderiam caminhar sem titubear por esses corredores para sair ao ar livre, dizendo: “Não temo o juízo, pois “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
Irmãos e irmãs, espero que haja alguns entre nós que possam ir alegremente a esse tribunal, mesmo que tivéssemos que passar pelas garras da morte para alcançá-lo. Espero que haja alguns entre nós que possam cantar em nossos corações:


“Com coragem estarei naquele grandioso dia;
Pois quem me acusará de algo?”
Porque pele Teu sangue,
Absolvido sou de culpa
E da maldição do pecado”.
Alguns de nós estariam em apuros para poder dizer isto. É fácil falar da plena segurança, mas, creia-me, não é tão fácil possuí-la com toda a sinceridade em tempos de prova. Se alguns de vocês só de doer o dedo sua confiança escorre pouco a pouco, e se sofrem alguma leve enfermidade, pensam “Ah! Pode ser cólera, que devo fazer?” Não poderias olhar a morte no rosto sem um estremecimento e, então, como suportarás o Juízo? Poderia contemplar a morte e sentir que ela é tua amiga e não tua inimiga? Poderia colocar uma caveira sobre o armário e ter uma íntima comunhão com ela (Momento mori – - Nota - Uma expressão latina que significa – Lembre-se que você é mortal, lembre-se que você vai morrer – muito utilizado na literatura Barroca) – Oh! Talvez só os mais corajosos aqui pudessem fazer isso, e a maneira mais segura é ir a Jesus tal qual somos, sem depender de nossa própria justiça, e encontrar tudo nEle.
Quando William Carey estava perto da morte, ordenou colocar em sua lápide este verso:
“Sendo um culpado, fraco e indefeso verme,
Aos amáveis braços de Cristo me rendo,
Ele é minha fortaleza, e minha justiça,
Meu Jesus é meu tudo.”
Gostaria de acordar na eternidade com um verso parecido com esse em minha mente, como desejo dormir neste mundo com uma esperança como essa em meu coração:
“Nada em minhas mãos trago,
Somente a cruz me apego”
Ah! Eu estou falando de algo que alguns de nós teremos de enfrentar talvez antes que termine esta semana. Estou falando agora acerca de um tema que alguns crêem que estão muito longe, mas logo eles podem voar. Mil anos é muito tempo, porém como eles voam! Ao ler
a história da Inglaterra podemos rapidamente regressar e dar a mão a William o Conquistador, alguns anos mais e podemos ir até o dilúvio.
Tu estás chegando perto dos quarenta anos, e especialmente tu, que tens sessenta, setenta anos, hás de sentir quão rápido voa o tempo. Prego um sermão em um Domingo e quando dou por mim, já estou preparando outro para o domingo seguinte. O tempo voa com uma rapidez que nenhum trem expresso pode alcançá-lo, e até mesmo um raio seria deixado para trás.
Em breve estaremos diante do trono branco, e em breve estaremos ante o tribunal de Deus. Oh! Temos que nos preparar para isso. Não vivemos tanto nesse momento, que nada é senão um sonho, um espetáculo vazio, mas teremos que viver em um futuro real e substancial.
Oh! Que eu possa alcançar algum coração aqui presente nesta noite! Tenho a convicção de que estou falando a alguém aqui que não receberá outra advertência. Estou seguro de que com tais multidões que enchem este lugar domingo após domingo, não prego muitas vezes a mesma congregação. Há pessoas aqui que morrem entre um domingo e outro. Com essa massa que está diante de mim nesta noite, há de suceder dessa forma também. Quem entre vocês morrerá esta semana? Oh! Ponderem bem a pergunta! Quem entre vocês habitará com as chamas consumidoras? Quem entre vocês viverá no fogo eterno? Se soubessem quem são, desejaria molhá-los com lágrimas. Se soubesse quem há de morrer esta semana, desejaria me achegar e sentar-me ao seu lado e insistir que pensasse nas coisas eternas.
Mas não sabemos, e portanto, lhes imploro pelo Deus vivo que corram apressadamente para Jesus através da fé. Estas não são coisas frívolas e fúteis senhores, não é mesmo? Se são, então eu sou apenas uma pessoa fútil e podem prosseguir em seus caminhos e se rirem de mim; mas se são realmente verdadeiras, eu devo ser sincero, e compete a mim ser duro: “Prepara-te para te encontrares com teu Deus!” Ele vem! Prepara-te agora!“Assim diz o SENHOR: No tempo aceitável te ouvi e no dia da salvação te ajudei” - As portas da misericórdia não estão fechadas. Teu pecado não é imperdoável. Você ainda pode encontrar misericórdia. Cristo convida. Suas gotas de sangue caem por ti.
“Vem e serás bem-vindo,
Vem e serás bem-vindo, vem pecador.”
Oh!, que o Espírito Santo injete vida nas minhas pobres palavras, e que o Senhor o ajude a vir agora. O caminho para se achegar, vocês sabem, é tão somente confiar em Cristo. Tudo é feito quando você confia em Cristo. Se jogue sobre Ele não tendo que confiar em mais ninguém. Vem agora: Todo o meu peso está sobre esta plataforma. Se ela cedesse, eu cairia. Você terá um suporte em Cristo exatamente desta maneira.
“Aventure-se nEle, Aventure-se completamente,
Não deixe nenhuma outra confiança se intrometer”
Se podes se agarrar a cruz, e aquietar-se debaixo do sangue carmesim da expiação, o próprio Deus não pode prejudicá-lo, e o último e tremendo dia nascerá sobre vocês com esplendor e deleite, e não com horrendo terror.
Devo deixá-los ir, mas não antes de que todos os crentes presentes lhe façam um convite para voltar ao senhor Jesus. Para fazer isso, cantaremos os seguintes versos:
“Regresse, o viajante errante,
A tua casa, Teu Pai te chama;
Agora não vagues mais no exílio
Na culpa e miséria;
Volte! Volte!
Regresse, ó viajante errante, a tua casa,
Quem te chama é Jesus;
O Espírito e a esposa dizem: Vem;
Oh, fuja em busca de refúgio;
Volte! Volte!
Regresse, ó viajante errante, a tua casa,
Demorar-se é loucura;
Não há misericórdia na sepultura,
E o dia da misericórdia é curto.
Volte! Volte!
Projeto Spurgeon | Pregamos a Cristo Crucificado.
http://www.projetospurgeon.com.br/

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