terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ansiedade

A ansiedade é um tema bastante relevante  para nos dias de hoje..  E sendo assim, o desejo desde artigo é ressaltar o viver dependente aos cuidados de Deus.
Viver de forma dependente de Deu é testemunhar o agir de Deus em toda a situação que nos encontramos. Neste sentido veremos que nossa confiança não se encontra em coisas materiais e sim, unicamente em Deus que através da sua provisão tem prazer em nos assistir com a sua infinita graça.
O Texto de Mateus diz: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam”.
Tal versículo remete a questionamentos como: Como os cristãos podem entender esta questão? O que significa acumular? Quais são os tesouros que o texto se refere, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam?

Estes tesouros são contrários ao próximo versículo que declara “mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;”. Observe que a recomendação de Cristo para seus discípulos é que o tesouro que se deve ajuntar é aquele que se encontra no céu. Logo, percebe-se que todo cristão não deve viver de modo em que sua ansiedade venha atrapalhar sua espiritualidade e consequentemente seu crescimento e amadurecimento de vida cristã. Tal amadurecimento só é possível quando se há escolha para quem se deve servir, ou seja,  o cristão deve sempre optar por servir a Deus em toda e qualquer circunstância, apresentando uma vida de contentamento por receber os cuidados de Deus. O apóstolo Paulo em sua carta aos filipenses 4:11 enfatiza esta questão, quando afirma que ele, aprendeu a viver contente em todas circunstâncias  “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”.
É neste sentido que o texto de Mateus confronta a pecaminosidade do homem em querer mais, ou seja, de querer acumular tesouros para seu bel prazer como resultado da cobiça do seu coração. Nas palavras de Jesus o coração do homem é, onde, se guarda os tesouros em que seus olhos permanecem fitos. Assim, por o coração em coisas materiais é viver em constante insegurança, ainda que inconscientemente[1]. É neste sentido que o verso 21 vem confrontar os anseios de nosso coração para que busquemos o tesouro que nem a traça e nem a ferrugem corroem e muito menos, onde ladrões não escavam e nem roubam.   algo que inevitavelmente  segundo o verso 21 “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”.
Os versos 19, 20 e 21 vêm ensinar que o cristão não deve jamais considerar o bens materiais como um tesouro permanente, e nem como prioridade em sua vida. Toda prioridade que o cristão deve exercer é glorificar a Deus por todos os benefícios recebidos, assim, o cristão é desafiado a buscar o Reino dos céus confiantemente que as demais coisas vos serão acrescentadas.  
Ao olhar para o Reino e tê-lo como prioridade o cristão faz com que seus olhos sejam lâmpadas para todo o seu corpo “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso;”. Tal expressão tem uma conotação bastante interessante, uma vez que, os antigos consideravam os olhos uma janela pela qual a luz entra no corpo.  Assim, pode-se afirmar: se os olhos são maus e buscam a ganância, todo o corpo será mau, mas se os olhos são bons e buscam o reino de Deus, as demais coisas são acrescentadas pela misericórdia de Deus.

Aqui nos deparamos com a provisão de Deus para com seus filhos que crêem em seus cuidados e vivem para satisfazer o Pai celestial.  Os filhos de Deus sabem e entendem que toda a sua vida está nas mãos de Deus e tal dependência é importante para que se tenha a consciência desta provisão e nossa total incapacidade de querer mudar o curso de nossa vida pelas atitudes ansiosas. É neste sentido, que os evangelhos enfatizam que o cristão deve viver por fé, o modo apreensivo de viver acarreta em vários problemas a vida.
E de acordo com estudos, pode-se constatar que a ansiedade ela traz sérios problemas patológicos que interfere na qualidade de vida do individuo.
Vejamos alguns diagnósticos causados pela ansiedade patológica:

Para observar a presença da Ansiedade Patológica é necessário que pelo menos SETE sintomas sejam identificados: 1-tremores ou sensações de fraqueza 2-tensão ou dor muscular 3-inquietação 4-fadiga fácil 5-falta de ar ou sensação de fôlego curto 6-palpitações 7-sudorese, mãos frias e úmidas 8-boca seca 9-vertigens e tonturas 10-náusea e diarréia 11-rubor ou calafrios 12-aumento do número de urinadas 13-bolo na garganta 14-impaciência 15-resposta exagerada à surpresa 16-dificuldade de concentração ou memória prejudicada 17-dificuldade em conciliar e manter o sono 18-irritabilidade Com certa freqüência, a ansiedade está associada à depressão, à fobia ou a outros sintomas e, nestes casos, deverá ser incluída em outras classificações. Após ler este texto não fique sugestionado ou preocupado demais. Seja criterioso e tente entender que a ansiedade como doença vai muito além da falta de vontade, disposição e determinação. (VITAL, Dra. Odilza)


O que deve ser entendido é que a ansiedade é algo normal em todos os indivíduos, conforme LOCH.

 A ansiedade é uma reação em geral normal do ser humano. É um sentimento que acompanha mudanças na vida da pessoa; separação da criança dos pais ao ir para escola, rompimento de relacionamentos, expectativa para fazer provas ou testes, e assim por diante. (LOCH, Dr. Alexandre A.).


No entanto, a preocupação é o fator desencadeador da ansiedade normal para a patológica, ou seja, enquanto uma ansiedade normal pode ser controlada a patológica toma conta das ações do individuo fazendo com que ele seja dependente de seus sentimentos ansiosos, como descreve o Loch “tal distúrbio caracteriza-se por sensações de tensão, ansiedade e preocupação constantes durante a grande parte do dia”.
È diante de tantos males que a ansiedade pode trazer ao homem que Jesus Cristo enfatiza a colocar nossa confiança em Deus que é capaz de realizar tudo. Principalmente o cuidar dos seus filhos.

Neste sentido, o verso 27 aponta para um contentamento, onde, os crentes são conduzidos e sustentados por Deus. Jesus afirma categoricamente, apontando o cuidado de Deus, como descreve os versos 26 a 28 Nos revela que o crente deve sempre confiar nos ampara, no sustento de Deus.
Outra questão muito interessante que o texto nos revela, é quanto, o caminhar pela fé que deve ser manifestado diariamente na vida dos crentes, contrariando, toda perspectiva dos ímpios, pois para eles, a busca de alimentação e vestuário como o bem supremo faz parte de suas prioridades. Assim, Jesus chama seus discípulos de homens de pequena fé, ou seja, tornam-se sua preocupação última.
Tal preocupação é para os cristãos é condenável, uma vez que, essa inquietação é um grande passo para o desenvolvimento da ansiedade patológica acarretando vários problemas.
É por isso, que Jesus condena a ansiedade, pois ela reflete na vida do cristão a insegurança daqueles que não tem Deus para suprir suas necessidades.
O cristão não tem a ultima preocupação do homem que busca encontrar nas coisas matérias, respostas e conforto, pelo contrário, a preocupação está em servi a Deus com todo entendimento e coração para que o propósito maior de salvação seja oferecido a todos que ouvem e crêem nas promessas de Deus.
Assim, Jesus enfatiza que o buscar o reino dos céus é infinitamente maior e muito importante para os filhos de Deus. Tal procedimento reflete no relacionamento dependente que temos em Deus.



Bibliografia




[1] TASKER, R.V.G, pág. 60

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